Augusto andava pelas ruas, em seu mundinho fechado, quando viu uma mulher incrível. Deborah, do outro lado da rua fez seu coração bater “Beat it laun, daun daun Beat it, loom, dap’n daun, Beat it laun, baun baun”. Meio que bobo e procurando sutilmente disfarçar, sabendo que a sorte tinha lhe escolhido, puxou um assunto qualquer: “E esse sol acima do sol? Tá quente né?” A primeira coisa que ela viu foi a blusa de Augusto estampada com o rosto de Elvis. Apesar de ter achado charmoso, atrasada, como sempre, já foi dizendo: “Oh! Comandante, capitão, Tio, brother, camarada, Chefia, amigão me dá licensa, tô com pressa. Augusto como último recurso pediu seu telefone e Deborah pensou, porque não?! Era uma vitória.

Augusto passou a tarde pensando em Deborah. Resolveu mandar uma mensagem: Opa, tudo bem? Tem um lugar diferente, lá depois da saideira, anima? Deborah pensou: “que sequência bem clichê, mas quem sabe não nasce uma amizade apaixonada?”.
Encontraram aquela noite, e deixaram a vida os levar. Conversaram histórias fantásticas de mergulhos em rios que não molhavam, pessoas que não retiravam sapatos mesmo apertados, e televisões que embalavam sonhos.

O tempo foi passando e cada vez mais um sentia a falta do outro, era impossível esperar tanto tempo assim para se encontrar. Decidiram fugir, pra outro lugar, baby: uma cidade carioca em minas gerais, sabendo que não teriam culpa de serem felizes, ou que guardariam toda culpa de acordarem tão seus em manhãs com flores e reggae.